Sem medir
suas palavras, ele apenas expressava aquilo que vinha à sua mente, sem fazer
uso de filtros, sem se importar com o impacto que suas palavras causariam nas
pessoas com que ele interagia.
Sua sinceridade crua e ininterrupta,
por mais irracional e inconsequente que parecesse a um observador externo,
provinha de uma opção minuciosamente elaborada e almejada. Sentindo-se como
sendo um indivíduo destituído de qualquer resquício de egoísmo, destituído de
necessidade de companhia, que não possuía mecanismos de proteção e nem receios,
ele se permitia externar sua verdadeira essência, permitia-se expressar seus
pensamentos e opiniões mais profundas, que constantemente faziam com que as
pessoas questionassem as ilusões que as afastavam de seus tormentos e
fraquezas; por fazer com que as pessoas se sentissem desiludidas, ele era
odiado por todos.
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