As
palavras escorregam sorrateiras da minha mente e almejam atingir o leitor como
um soco violente, bem no meio da cara, para ser mais específico, como um soco
bem dado no meio do nariz, que não visa derrubar, nem desmaiar, mas apenas
machucar, e muito; que visa despertar do sono mais entorpecedor, que os meios
de comunicação conseguem propagar de maneira impressionante, mantendo-o
inquestionável e absoluto, mesmo quando o mínimo de observação mostra o seu
absurdo. Apenas alguns poucos possuem as características necessárias para
almejar e suportar esse soco, assim como as consequências provenientes dele.
Despertar, alterar-se, comandar-se, são tarefas complicadas, que exigem força e
vontade intensa, mas uma coisa lhes garanto: a sensação de finalmente poder
viver, de finalmente ser nada além do que você mesmo e sentir toda a plenitude
da vida, compensam todos os esforços.
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